segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

10 Curiosidades Sobre a Umbanda.

1 - Genuinamente brasileira:

A Umbanda é uma religião com origem legítima brasileira. Zélio Fernandino de Moraes, creditado como o "Pai da Umbanda", tinha apenas 17 anos, quando foi convidado a participar de uma sessão espírita no Rio de Janeiro, na qual incorporou a entidade intitulada "Caboclo das Sete Encruzilhadas" e o mesmo proferiu os seguintes dizeres:

“Venho trazer a Umbanda, uma religião que harmonizará as famílias e há de perdurar até o fim dos tempos.”


2 – Sincretismo:

Palavra traduzida como a junção de vários credos afim de formar uma nova religião. A Umbanda tem o cerne baseado no culto africano aos Orixás, bem como, carrega elementos do Kardecismo (espiritismo) e até mesmo uma pequena parte do catolicismo.   


3 – Traduz a mescla de etnias brasileira:

Assim como é a união entre religiões, também é a de culturas! Reúne principalmente a cultura africana, entretanto carrega consigo elementos europeus e indígenas.


4 – O termo “Gira”:

Gira é a denominação das reuniões, nas quais os umbandistas realizam seus trabalhos, do mesmo modo que existem as missas no catolicismo, os cultos evangélicos e as sessões dos espíritas.

No idioma Quimbundo Nijra, a Gira ou Jira, é a celebração na qual diversas entidades de uma determinada falange se agrupam, manifestando-se através de incorporações em médiuns.


5 – Macumba:

O termo “macumba” geralmente é utilizado para referir-se a Umbanda, Candomblé e Quimbanda. Entretanto, a macumba é um instrumento musical angolano confeccionado em madeira, semelhante ao o reco-reco, é utilizado em algumas giras especificas.  

No século XX, ocorreu uma grande popularização da Umbanda, e suas giras ocorriam em sua maioria nas praias e matas. Então as pessoas acabavam por dizer: “Estão tocando macumba na mata”. De tal modo, que as giras ficaram trivialmente conhecidas como macumba.

Conforme se sucedeu o tempo, tudo aquilo que não se enquadrava na dogmática católica era taxado como macumba, sendo um termo pejorativo derivado de uma ignorância.

 


6 -  Qual a utilidade das velas?

É um costume católico para simbolizar a santíssima Trindade: Deus a cera, Jesus o pavio e o Espirito Santo a chama. Entretanto, também tem viés do culto africano para representar o contato entre o plano terrestre e o Orum (“céu” dos Orixás). Cada cor de vela simboliza um Orixá ou entidade.


7 – Umbanda é monoteísta.

Ou seja, temos um único Deus, Olorum, quem é Onipotente, Onipresente e Onisciente. Os Orixás são a personificação das forças do Universo, funcionam como elo de ligação entre os humanos e Deus e administram toda a criação.

8 – Por que se vestem de branco?

Os três pilares umbandistas são: caridade, fraternidade e amor. De tal modo que por meio da fraternidade pregamos a união dos povos e a igualdade, assim todos usam o branco, que é a junção de todas as cores. Além disso, representa Oxalá, quem seria o orixá mais respeitado de todo o panteão.


9 – Exu é o demônio?

Não! Absolutamente não! Primeiramente, a Umbanda não acredita em demônios. Nosso Deus e as entidades se diferem das católicas, apesar de termos elementos da mesma.
Exu é o mensageiro, quem leva nossas preces e devolve as respostas do plano espiritual. Seria, a grosso modo, equivalente aos anjos.


10 – Todos incorporam?

Cada ser humano possui uma espécie de mediunidade, incorporação é apenas uma classe. Temos a clarividência (tomar conhecimento do mundo espiritual por meio dos olhos ou mente), psicografia (ceder o controle das mãos para que os espíritos possam escrever mensagens), audiência (ouvir o mundo espiritual), sensitivos (sentem a presença de entidades, sua índole e afins) e assim por diante. Geralmente, um médium de incorporação acaba desenvolvendo mais mediunidades por conta da necessidade.

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