sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Suicídio: O Pós Morte Espiritualista.

Uma questão extremamente atual, que infelizmente ainda é tratada como tabu por muitas culturas. Lembrando ao caro leitor que tratarei esse tema sob a perspectiva espiritualista e a dogmática transmitida pelo plano espiritual.

Precisamos antes de tudo entender que nada se apaga do Universo, o axé (poder de realização/força da vida) se transmuta e diversas facetas. De tal modo, que essa energia proveniente de Olodumarê (Deus) é convertida em vida no corpo dos seres vivos. Então, quando Iku (Orixá da morte) finda nossa existência, o axé volta a sua forma original (espírito). Assim, sua existência não será destruída, apenas transpassará do plano material para o espiritual. 

A morte em seu tempo certo, ou seja, um período estabelecido para que você viva, recupere seu karma (resgate de vidas passadas) e cumpra sua atual missão. Quando ocorre a sua passagem, será encaminhado por Iansã para umas das nove moradas espirituais de acordo com tudo o que realizou.

A vida é o maior dos dons e força dada por Olodumarê, o atentado contra esta dádiva é declarado como a maior ofensa possível a toda a Criação. Sendo assim, o suicídio é um ato extremamente lesivo ao espírito, e não apaga todas as suas dificuldades, muito pelo contrário, te condena a uma existência de mais dor, sofrimento e solidão. 

Ao se suicidar, vamos utilizar o exemplo de um enforcamento, aquela alma "sentirá" por toda a eternidade aquela dor do ato ou aquele que atirou em si mesmo permanecerá com a marca física e a agonia do ferimento. Após o ato consumado, o suicida percebe que suas dores e medos não se acabaram, pois sua conciência ainda existe, então se sucede o momento da loucura, intensificado pela solidão.

Devido ao suicídio, não houve a passagem natural para uma das nove moradas. No entanto, como acontece na Terra, energias parecidas se atraem, muitas almas suicidas são sugadas diretamente para o Vale dos Suicidas.  
Esta localidade se encontra em uma parte isolada do Umbral ("purgatório"), o terreno em si tem formas primitivas, como um espaço  que nunca foi habitado, atmosfera densa e fria, a vegetação é seca e rasteira (não existe arvores ou flores), odores fétidos exalam por todo o ar e muita água turva escorre pro entre as rochas. Bloqueando a saída existe um gigantesco pântano, quando alguma alma se aventura em atravessá-lo uma especie de formigamento doloroso aumenta de intensidade a cada "passo" (espiritosos não andam), tornando quase impossível a travessia. Os habitantes são todos suicidas, revivendo suas dores e o motivo de terem tirado suas próprias vidas, uns vestidos com trapos e outros totalmente desnudos. Aqueles que tiveram mortes que mutilaram o corpo, ficam estendidos no chão, sem levantar e apenas sofrendo.

A única forma de sair de todo esse calvário é pedindo ajuda! O plano espiritual só pode auxiliar aqueles que assim o querem (livre arbítrio), o que acontece com pouca frequência por conta da loucura acometida naqueles que ali estão. A forma de auxiliar um suicida (pós morte) é orando, pleitando que ele se perdoe e peça ajuda, rezem com muito fervor. Dessa forma, ele poderá ser resgatado a uma das esferas superiores, se curar e alcançar a paz.

Espíritos suicidas podem se apegar ao lugar em que ocorre o fato e reviver a todo o momento o ato de falecer, no caso em questão é necessário um sacudimento (limpeza espiritual profunda) para retirar-lo do lugar.

Acima de tudo, podemos ajudar aqueles que ainda vivem, oferecendo o amor, carinho, atenção e incentivando que busquem ajuda de um especialista.





Um comentário: