quinta-feira, 23 de abril de 2015
Lei do Retorno
O Mundo antes mesmo das legislações criadas pelo homem, já seguia suas próprias leis. Uma das quais seria a "Lei do Retorno". Parece bem simples a grosso modo se procurarmos entender por ditos populares, que assim como a religião são fenômenos culturais, como: "Tudo que vai volta", "Aqui se faz, aqui se paga" ou "Quem planta vento, colhe tempestade". Fica subentendido que todo mal retorna da mesma forma. Entretanto essa lei, uma das mais importantes, funciona de maneira mais complexa, segundo a visão espiritualista.
Para muitos a ideia de "Inferno" se aplica ao nosso próprio plano de existência (Terra), onde nascemos com uma missão, porém também com o fundamento resgatar nosso Karma (Carma), que seria a compensação de atos ruins de vidas anteriores, fazendo com que passemos por diversas provações e infelicidades, não é uma punição e sim um retorno de nossas ações consumadas. Estamos nesse plano para evoluirmos, não somente de um primata a nosso estado atual, mas também no aspecto interior, tanto em espiritualidade quanto caráter.
Esta lei opera no prazo correto, podendo para o homem esse retorno ser de imediado ou para uma próxima existência. Explicando melhor sobre, é importante ter a mente aberta para possibilidades, não é algo fechado como atirar em alguém e receber uma bala perdida em algum momento posterior. A complexidade está na surpresa e na gama de possibilidades. Como por exemplo quem nega ajuda a um necessitado, você sabe que tal pessoa precisa e realmente está ao seu alcance mas por mesquinhes acaba por "virar as costas", seguindo a lógica bruta teríamos a falta de ajuda em nossa própria vida, porém essa diretriz divina pode fazer com quem futuramente seu filho tenha um pedido de ajuda negado, o qual ira te afetar. Acredito que para quem possui filhos os verem sofrer, sem poder realmente fazer nada, é uma grande infelicidade. Então sintetizando toda nossa ação possui uma reação, que poderá voltar ou não a nos mesmos e até mesmo voltar a um ente querido, em uma circunstancia que seremos impotentes para mudar aquele infortúnio.
Parece algo realmente injusto, os outros pagarem por nossos feitos, no entanto essa força opera dessa forma. Voltando em algo que não tenhamos forças de mudar, apenas viver o momento, "desfrutando" sem poder algum de mudança, para que possamos apreender com nossos erros! Propagar os bons princípios, lembrem-se gentileza gera gentileza, colhemos aquilo que plantamos, recebemos na medida de nosso merecimento. Assim vale para quem prática rituais religiosos com más intenções, procurando prejudicar alguém, esse mal é compartilhando e quem fez recebe tanto quanto a vitima. Além desse pagamento os candoblecistas, acreditam que apos a morte existe um dos oruns, em que pagamos pela eternidade, desse modo a Orixá Oya recebeu o nome de Yansã (A mãe de nove filhos ou de nove Mundos), pois é ela quem leva os espíritos as moradas apropriadas.
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