Dia 02/02 comemora-se no Brasil o dia de Yemonjá, soberana das águas e dos oris (cabeças), nesta data celebra-se uma grande festa em Rio Vermelho (BA) desde 1923 em homenagem à grande mãe Orixá.
A primeira enfase que deve ser dita é que Yemonjá não é branca, como é comumente retratada, ela é negra! A representação de seu corpo também não é com a silhueta esbelta, mas sim uma mulher com seios fartos, barriga protuberante e ancas largas, pois ela representa a maternidade, não um padrão estereotipado de beleza.
Originaria da região de EGBÁ, uma nação étnica Youruba na Nigéria, atualmente cultuada em ABÉÒKUTA, além de Brasil e Cuba. Inicialmente a deusa era cultuada como divindade do Rio Yemonjá e posteriormente no Rio Ogun (que não tem relação com o Orixá Ogum), assim como as divindades iorubas femininas sempre foram cultuadas ou ligadas a um rio ou água em si, por simbolizar a fecundidade. Nos dia atuais é ligada ao mar e toda a água.
Suas cores são o branco perolado, azul claro, verde água e algumas vezes o prateado. É a grande mãe, assim como dito em sua saudação ODÒ IYÁ (Mãe do Rio) ou como seu nome sem contração YÈYÈ OMO EJÁ (Mãe cujos filhos são peixes). Sua oferendas variam de peixes inteiros assados até ao boboya (canjica branca refogada no azeite de dendê). Algumas historias sugerem que é filha de Olokun (Soberano das profundezas do mar) e outras que nasceu diretamente de Olodumare (Deus).
É um dos Orixás com o culto mais difundido e cheio de adoradores. Tem como filhos Exu, Ogum, Xango, Oxossi, Oxum e ainda adotou Obaluaiê, ou seja, todos adoram e veneram a grande mãe. Seu simbolo é a Lua crescente, o peixe e as conchas do mar. Usa o abebè (Leque com espelho) e também espada, retratando tanto o lado docil, gentil materno assim como o protetor e defensor.
Neste dia recebe grandes oferendas em forma de barquinhos, carregados de flores, espelhos, comidas e axé! Todos saudem a nossa grande mãe!
Axé
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