quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Exu Pagão.


A titulo de explicação, devemos deixar bem claro que Exu NÃO é um espírito pagão! O mesmo não depende de um ritual de batismo para evoluir-se. Gosto sempre de deixar claro, as três falanges mais antigas e evoluídas de qualquer terreiro são os Exus e Lebarás/ Bombo-Giras, que viveram no tempo do Orixás, e são nossos mensageiros e os Erês, que falam pelos Orixás. Já possuem alto grau de evolução, utilizam do médium e das sessões ou giras para transmitir seu conhecimento como ajuda aos vivos e para adquirir mais luz e força. NÃO são espíritos de baixa vibração, errantes ou das trevas!

Entretanto, existe sim uma falange de "Exu Pagão". Na realidade, ele não é Exu, pois todo Exu é entidade evoluída e com luz. Essa linha nada mais é que Eguns (Espíritos desencarnados), os quais não buscaram a evolução, vivem à marginalidade da espiritualidade, praticam o mal e tudo aquilo que provem de baixas vibrações. Muitos médiuns, infelizmente, não são doutrinados a reconhecer os fluidos das entidades, e acabam incorporando esse tipo de entidade que se passa por entidades evoluídas, acarretando todo o mal e desventura a quem se consulta e incorpora.

Eles necessitam de doutrinamento, em terreiros mais preparados, o zelador ensina aos seus filhos da casa como reconhecer e doutrinar para a luz. Faz parte da missão do médium encaminhar as almas que ficam vagando pela força obscura, incentivando que deixem o que os liga a Terra e possam ser recebidos pelos guias nas moradas de Olodumarê.

Essas entidades, possuem mais força que um egum comum, por isso devemos ter muito cuidado e preparação para lidar. Tiveram esse nome, porque muitos confundem o ritual de batismo do médium com a revelação do nome da entidade. Quem se batiza é o filho de santo! Ele quem passa por rituais que agregam mais axé ao seu orì (cabeça), a entidade apenas é assentada para ter maior ligação com o médium e ser fortalecida através de ebós ou oferendas. O ato de revelar seu nome é apenas uma formalidade, não um preceito ritualístico.


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