A maior dúvida que todas as religiões buscam responder é: "O que acontece depois da morte?
De tal maneira, cabe ressaltar que respostas religiosas são dogmáticas, ou seja, cada culto possui sua forma de cultura e as mesmas não admitem refutações. Entretanto, o culto aos Orixás é uma tradição adaptativa, ora por necessidade, ora em vista do avanço. Sendo assim, o pós morte de cada visão é diferente, venho por meio das explicações abaixo esboçar a ideia ligada aos Orixás.
Bem, quando a morte corporal ocorre, o nosso espírito permanece ligado ao corpo fisico. A alma acompanha todo o ritual fúnebre, encontrado desprendimento apenas na calunga menor (cemitério), este local é extremamente sagrado, uma vez que é morada de Ewá, Orixá de tudo o que é virgem, puro, bem como se manifesta na nevoá e patrona da transformação. Nossa mãe Ewá recebe o recém falecido em suas terras, mas é seu irmão Obaluiê, quem efetiva a quebra da ligação entre espirito e corpo material, vínculo conhecido por muitos como "fio de prata.
Após esta ruptura, a matéria orgânica retorna para Nanã, pois ela apenas empresta o barro primordial para nosso uso durante a passagem no Aiê (Terra), esse é o motivo dos praticantes ao culto dos Orixás não serem cremados.
O espírito desprendido da matéria pode optar por dois caminhos, primeiramente poderá seguir nossa Mãe Iansã, Yabà quem nos conduzira para um dos Oruns (moradas espirituais), ou essa alma escolherá permanecer no Aiê (Terra), cabe informar que é a opção mais escolhida, fato que pode provocar a miséria desse espirito que geralmente persegue entes familiares ou desafetos, ficando cada vez mais sombrio e regredindo evolutivamente.
No melhor do Mundos, optando pela primeira opção, encontraremos nossa morada em um dos Nove Oruns. Espiritualmente nos desenvolveremos, muitos retornam para resgate cármico e um pequeno grupo evoluído permanece para trabalhar em forma de entidade.
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