segunda-feira, 22 de julho de 2013

Nanã Buruquê II

Salubrá Nanã Buruquê. 
O mês de Julho pertence a querida Yabá Nanã Buruquê, então estarei falando um pouco mais sobre ela. Está Orixá atualmente pertence a panteão Yourubá,  entretanto ela provém da nação Jeje que surgiu na região do Daomé, posteriormente foi adotada pelos Yourubás e na Umbanda também, até se tornando uma das 7 linhas umbandistas. Sua cor é o lilás mas também pegando o Azul escuro e o roxo, sua ferramente é o Ibiri (cetro em formato de jota, feito de palha da costas e nervuras de folhas de dendezeiro, enfeitado com búzios e contas) que ela carrega como um bebê de colo, seu nome significa para os Jejes: Senhora, mãe.
Nanã é a matriarca da "Família do solo", quando uso esse termo me refiro aos orixás que possuem ligação com o elemento terra, o solo e afins, então ela é mãe de Ewá, Oxumarê, Obaluaiê, Ossaim e Iansã. Está Yabá (Orixá feminino) é a dona das águas calmas, lagoas, onde a água parada encontra o solo criando a lama e mangue, onde é seu ponto de energia. Quando Oxalá foi incumbido por Olodumare (Deus) de fazer o homem, foi Nanã que ofereceu a lama sagrada de sua lagoa para que pudêssemos ser moldados, no entanto essa matéria prima é emprestada e deve ser devolvida no fim da vida de cada ser vivo ao solo, ou seja, os espiritas não devem ser cremados, por isso ela é ligada a morte. Durante sua dança esboça movimentos lentos mas graciosos, aonde notasse que ela trás seu Ibiri ou até mesmo dançando em meio a lama, uma dança vagarosa para expressar a idade avançada, para muitos é algo ruim, só que a velhice representado por Nanã é aquele onde o individuo amadureceu e adquiriu maturidade e sapiência.
Uma Orixá muito exigente, que gosta de muita atenção nos seus cultos, até mesmo punindo comportamentos inadequados, não se pode utilizar ferramentas de feitas de nenhum tipo de metal, pois o dono de todos os metais é Ogum, senhor do ferro, e entre eles existem uma grande quizila (briga, descontentamento, desavença), então utiliza se apetrechos de madeiras, preferencialmente de bambu e os animais sacrificados são estrangulados ou decapitados com ripas de bambo afiadas. É sincretizada como Santa'Ana, avó de Jesus, que é comemorada dia 26 de Julho, na Umbanda ela é patrona da linda dos Baianos que trazem a experiencia dos falecidos zeladores de santo. Raros são os filhos dela, na maioria das vezes são mulheres, mas tem homens que a trazem como Yabá e incorporando a, mas pela raridade muitos dizem que não existem homens filhos dela, grande equivoco.

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